sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Aprendendo sobre rotulagem: Lista de Ingredientes

           É comum chegar ao supermercado e diante de tantas opções diferentes não saber escolher, não é mesmo? Por isso, é essencial saber ler os rótulos, para ter certeza do que você está consumindo e assim fazer a escolha mais adequada!


Ao escolher um produto, é preciso consultar outros aspectos além do seu preço e prazo de validade. Uma informação muito importante dos rótulos é a Lista de Ingredientes, que, como o próprio nome diz, nos informa sobre os ingredientes presentes no produto.

A ordem em que esses ingredientes aparecem na lista nos diz quais estão presentes em maior e menor quantidade, pois eles devem aparecer listados em ordem DECRESCENTE, ou seja, o primeiro ingrediente nesta lista está presente em maior quantidade e o último, em menor quantidade. Por exemplo, num molho de tomate, você pode encontrar uma lista de ingredientes assim:

Ingredientes: tomate, açúcar, azeitona, sal, cebola, alho, azeite de oliva e salsinha.

Isso quer dizer que o ingrediente que aparece em maior quantidade nesse produto é o tomate. Lógico, né? Nem sempre! Essa informação pode ajudar muito na hora de fazer escolhas saudáveis. Veja a lista de ingredientes de um determinado biscoito que tem no mercado:

Ingredientes: Açúcar mascavo, Farinha de trigo integral, farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, aveia em flocos, gordura de palma, fécula de mandioca, fibra alimentar (polidextrose), mel, sal com teor reduzido de sódio, agentes de crescimento (bicarbonato de amônio, pirofosfato ácido de sódio e bicarbonato de sódio), aromatizante, estabilizante éster de ácido tartárico diacetilado com mono e diglicerídeos e acidulante ácido cítrico.

No exemplo acima, temos dois problemas. Primeiro, tem mais açúcar que farinha num biscoito! Não era para ser assim, concorda? E isso acontece com muitos produtos à venda por aí, fique sempre de olho... É preciso também ter muito cuidado com os alimentos que se dizem integrais, mas o primeiro ingrediente não é integral, e sim refinado. A jornalista Francine Lima do canal do Youtube “Do campo à mesa” fez um vídeo explicando bem essa situação, vale a pena conferir!

O outro problema do biscoito que apresentamos é o tamanho da lista. Percebeu que o número de ingredientes é enorme e ainda tem vários itens complicados até para ler? Esse é um exemplo de um alimento ultraprocessado, o qual deve ser evitados na nossa alimentação! Para ter uma dieta saudável, a base da nossa alimentação devem ser os produtos in natura, ou seja, os que não sofrem alteração depois de deixar a natureza, e os minimamente processados, que passam por processamentos mínimos, como limpeza, e não são agregadas outras substâncias. Essas são as recomendações atuais apresentadas no Guia Alimentar para a População Brasileira.

E quando o produto não tem lista de ingredientes?! Neste caso, é um alimento com ingrediente único, e por isso não precisa apresentar no seu rótulo a lista de ingredientes. Alguns exemplos dessa situação são: açúcar, café, vinagre, entre outros.

E então? Vamos prestar mais atenção no que estamos escolhendo para colocar dentro do nosso corpo? Fica a dica!

sábado, 21 de novembro de 2015

Intestino: nosso segundo cérebro!

            Sabemos que o cérebro é o órgão responsável pelo controle de quase todas as atividades vitais, das emoções, fome, sono, sede, e além disso interpreta os sinais enviados pelo corpo. Mas e o intestino, por que seria o nosso "segundo" cérebro?


            O intestino é um órgão do trato gastrointestinal dividido em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado possui cerca de 5 metros, é responsável pela absorção de nutrientes como vitamina A, vitamina B12, ácido fólico, cálcio, zinco, glicose, lactose, aminoácidos, ácidos graxos, entre muitos outros. Já o intestino grosso possui entre 100 e 150 cm, onde há absorção final de água, vitamina K, eliminação de eletrólitos (sódio, cloro) e fibras, fermentação bacteriana, e formação das fezes.
            Milhões de bactérias vivem no nosso intestino e convivem de maneira equilibrada, auxiliam na formação das fezes, absorção de nutrientes, fermentação de alimentos, e fortalecimento da imunidade. Todas essas funções são conduzidas para prevenir o surgimento de doenças e manter o bem-estar.
            Quando nossos hábitos de vida são saudáveis, combinando uma atividade física regular com uma alimentação balanceada, variada, harmônica, com níveis reduzidos de estresse e sem vícios como uso abusivo de álcool e tabagismo, o intestino realiza suas funções corretamente e proporciona um estado de equilíbrio, que se reflete essencialmente numa boa saúde.
            Mas a pergunta permanece: por que o intestino seria o nosso segundo cérebro?  Existem células nervosas, semelhantes àquelas localizadas no cérebro que formam o sistema nervoso entérico e estão conectadas com os sentimentos de prazer, medo, angústia. O sistema entérico é constituído por uma rede complexa de estruturas e inervações do trato gastrointestinal, desde o esôfago ao ânus. Também, o intestino libera substâncias como a serotonina, o hormônio do bem-estar na presença de uma alimentação saudável, promove o peristaltismo, secreção de sucos digestivos, fortalece o sistema imunológico pelos micro-organismos, absorção de nutrientes. Assim ele também comanda várias atividades no organismo e o não desenvolvimento adequado traz prejuízos à saúde e ao bem-estar.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Por que não dar açúcar ao bebê até os dois anos de vida?





Um dos desafios mais frequentes em relação ao processo de educação alimentar das crianças é conseguir mantê-las distantes das guloseimas e preparações com alto teor de açúcares.

Só uma balinha? Só um dedinho lambuzado de chocolate? O açúcar, nessa fase da vida, tende a ser bem aceito por conta do leite materno já ser levemente adocicado. Por isso, o mais importante depois dos 6 meses de vida, na introdução alimentar, é oferecer alimentos de sabores diversos, doces, azedos, salgados, amargos, ou seja, apresentar a criança a diversidade para que ela os aceite bem durante toda a vida. Os costumes adquiridos pelos bebês se tornam extremamente difíceis de serem modificados. Cabe destacar que quando falamos de sabor doce não é pensar em açúcar e sim no sabor naturalmente doce dos alimentos como o das frutas!

Lembre-se, eles não sentem falta ou necessidade de consumir o que não é oferecido a eles, pois como estão aprendendo, não sabem que um alimento se torna mais “saboroso” quando adicionado açúcar.

Enfim, por que não dar açúcar ao bebê? Aqui vão algumas razões:

1)      Açúcar em excesso causa cárie e está associado a doenças, como, diabetes e obesidade;

2)      Esse ingrediente não possui nenhum nutriente além de suas calorias, aumentando o risco de obesidade;

3)      O açúcar modifica as preparações, disfarçando o sabor dos alimentos, fazendo com que o alimento em sua forma normal seja rejeitado.

4)      A energia que a criança precisa é encontrada no carboidrato presente nos alimentos, inclusive nas frutas. Não há necessidade do consumo do açúcar.

5)      O consumo excessivo dificulta a aceitação da criança frente a outros sabores, pois é um ingrediente que pode facilmente “viciar” o paladar.  

Portanto, depende do responsável escrever os primeiros capítulos dessa história, pois como um livro, a história alimentar do bebê não será apagada, e sim gravada gerando muitas consequências futuras.